Declarações de Narciso, André Lourenço, Bê e Jordan após a vitória diante do Senegal
A Seleção Nacional de Futebol de Praia venceu, este domingo, a congénere do Senegal, por 2-3, no jogo de atribuição dos 3º e 4º lugares do Campeonato do Mundo FIFA 2025.
Nas Ilhas Seicheles, os Heróis da Areia sobem, assim, ao terceiro degrau do pódio.
A final do Mundial 2025 será jogada entre Bielorrússia e Brasil, às 16h30 portuguesas, no Paradise Arena, em Victoria, a capital deste deslumbrante arquipélago plantado no Oceano Índico.
No final da partida, em declarações aos jornalistas presentes na zona mista, o selecionador Mário Narciso, bem como os internacionais André Lourenço, Bê Martins e Jordan Santos foram unânimes a confessar que não eram o jogo que ambicionavam jogar, sempre referindo que lutaram do início ao fim pelo país.
Mário Narciso, Selecionador Nacional, em discurso direto:
“Quem viu aquilo que nós jogamos no primeiro, segundo e terceiro período num jogo que corra normalmente já tínhamos a obrigação de fazer dois ou quatro golos. Não o fizemos não foi por demérito nosso, mas sim pelo Senegal ter uma equipa onde fisicamente são os melhores do mundo, não há equipa com o seu porte atlético, com o seu jogo, daí estar nervoso, por estar a ver que as oportunidades apareciam, os golos não surgiam.”
“Nós tecnicamente somos melhores que eles, mas se eles jogaram connosco de igual para igual de certeza que perdem com maior facilidade. Então usam as armas que têm (poder físico), eu acho muito bem porque é o que têm, o que torna cada vez mais difícil as equipas jogarem contra eles.”
“Foi muito importante (trabalho psicológico). Hoje de manhã, no passeio, tive de fazer algum trabalho que se faz no escuro.”
André Lourenço, internacional luso autor do golo da vitória, em discurso direto:
“Na atitude, na garra, às vezes há jogos assim. Sabíamos que o Senegal é uma equipa muito forte, muito física, sabíamos que seria difícil. Há jogos onde a bola entra, outros que a bola não entra. Tivemos muita bola, muita ocasião e há jogos que têm de ser na raça, na atitude e no companheirismo e foi assim.”
“Nós queríamos muito o Campeonato do Mundo. Somos uma seleção que está habituada a grandes conquistas, a grandes palcos, tivemos um jogo difícil ontem digno que de uma final. Ficamos muito tristes, tivemos poucas horas para recuperar psicologicamente, no entanto o que podíamos ganhar era o terceiro e o nosso objetivo foi conseguido.”
Bê Martins, internacional português, em discurso direto:
“O prémio que queríamos infelizmente não conseguimos desta vez, este é um prémio do grupo (melhor em campo), não do Bê, eu acredito que pela vitória poderia ter dado para qualquer um, fico feliz por ter ganho, mas fico mais feliz ainda pela medalha de bronze que conseguimos.”
“Acima de tudo era um jogo muito psicológico, por causa da derrota de ontem. Hoje tínhamos de lutar outra vez, para dar o nosso melhor outra vez.”
“Fisicamente era um jogo muito forte, onde tínhamos de estar no nível máximo.”
Jordan Santos, internacional português, em discurso direto:
“Era um jogo que não queríamos disputar, não viemos aqui para isto, mas temos de honrar o nome do nosso país e é melhor o terceiro lugar do que nada.”
“A chave do jogo foi a inteligência. Sabíamos que eram uma equipa muito forte fisicamente, queríamos contrariar isso, não perdendo tanto a bola, trocarmos mais a bola, fugirmos ao contacto e foi um jogo com mais inteligência.”
“Derrota de ontem foi dura, mas havia um terceiro lugar para ganhar, para vencer e foi que nós fizemos. Saímos daqui com a cabeça erguida, com uma vitória e agora é preparar os próximos desafios.”